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3º Circuito de Poesia

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O poeta é belo como o Taj-Mahal
feito de renda e mármore e serenidade

O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore
ao primeiro relâmpago da tempestade

O poeta é belo porque os seus farrapos
são do tecido da eternidade



3º Circuito de Poesia – Brotas

Em O Poeta é Belo, os versos de Mário Quintana descrevem bem o universo poético em que foi transformado o pátio da Unidade Acadêmica Brotas, na tarde do dia 22 de março, quando aconteceu o 3º Circuito de Poesia da Bahiana, uma iniciativa do Núcleo de Atenção Psicopedegógica (NAPP) que contou com a participação de estudantes do curso de graduação, professores e colaboradores.

"Este é um encontro aberto a toda comunidade acadêmica com o intuito de criar um espaço de expressão da subjetividade, porque a poesia é um meio de expressão que favorece o amadurecimento de uma visão mais ampla de mundo. Acreditamos que atividades que envolvem linguagens artísticas são muito importantes na formação do sujeito, em como ele pensa e lida com o mundo", explica Angélica Mendes, gestora do NAPP.

Entre o meio dia e as duas horas da tarde, estudantes de diversos cursos e colaboradores lançaram mão do microfone e compartilharam com os presentes poemas, músicas, crônicas e prosas poéticas. "Eu gostei muito do dia de hoje. Eu achei uma coisa atípica. É bom sair daquela rotina de estar sempre naquela pressão de estudar e ter um milhão de coisas para fazer. Eu gostei muito do dia de hoje, achei que foi especial e gostaria que se repetisse. A princípio, estava um pouco nervoso, mas agora estou até mais leve!", declara João Pedro Souza Santos, estudante do 3º semestre de Medicina.


3º Circuito de Poesia – Cabula

Os estudantes da Unidade Acadêmica Cabula também participaram das ações de celebração pela passagem do Dia Internacional da Poesia. No dia 29 de março, a ação poética que contou novamente com a participação do poeta e ator Daniel Farias, foi realizada no Centro de Convivência daquela unidade acadêmica.

Poesias foram lidas e compartilhadas. O estudante do 2º semestre de Fisioterapia, Felipe Campos, aproveitou o momento para dividir dois de seus 93 poemas autorais. “Escrevo desde os 12 anos. A poesia para mim é fuga! Fuga da realidade, depósito de sentimentos, abertura de um novo universo, talvez. E este é o meu primeiro circuito de poesia e estou achando ótimo. É uma oportunidade incrível, porque tem muitas pessoas que escrevem muito e há muito tempo e não têm uma oportunidade de expor isso para outras pessoas. Então aqui, nesse ambiente mais solto da academia, fica mais confortável para as pessoas conseguirem se expor”.

Para a estudante do 1º semestre de Biomedicina, Lara Guimarães, o momento foi interessante para quebrar a rotina. “Achei o texto que li interessante, porque fala que o prazer só existe no momento e a alegria é duradoura, fica como lembrança”, foi como ela interpretou o texto “Era prazer?” do poeta Rubem Alves.

---- Fim de Tarde ----

Felipe Campos

O céu vai escurecendo
As horas passam rapidamente
Os dias passam e a gente nem sente
O mês e o ano vão morrendo

Fim de tarde, momento sereno
Dia acabando, sono chegando
Sentimento calmo, ameno
Utopia, isso que estou falando

Em fim de tarde, os olhos ardem
Cansaço do dia, exaustão
Os lábios, secos, logo partem
Casa vazia, luzes acesas, solidão

No horizonte, lá adiante
O céu de outra cor se mostra, assim
Cor vibrante, tom tocante
E algo, assim, diz pra mim

Em fim de tarde, pego o papel
A caneta, claro, acompanha
Escrevo palavras doces como mel
Palavras que, de algum jeito, o peito arranha

Sinto a brisa que vem do mar
Sinto o frio que, pela janela, invade
Sinto o calor, no peito, aumentar
Difícil para entender a espontaneidade

Em fim de tarde, tenho que me distrair
Exercício, música, comida
Tem algo na minha mente que insiste em confundir
Que rumo vou tomar, com tal vida?

Em fim de tarde, costumo ficar subjetivo
Eu grito sem alarde
Eu não deixo isso assim, atrativo
Eu fico assim, em fim de tarde

Em fim de tarde, o coração fica aberto
Os olhos se fecham, fico sensitivo
A ferida, inflamada, arde, isso é certo
Sem problemas, já que assim, me sinto vivo

Em fim de tarde, faço um café
Saio do costume, extravaso
Faço um pedido, uso a fé
Esperando que o destino planeje o acaso

Papel, caneta, café
Faço assim, cada um dos versos meus
Meus? Não completamente, né?
Só poderiam ser meus, se não houvessem vestígios teus.

Salvador - BA (04/08/15 21:32) 



Conheça a obra dos poetas:

Daniel Farias

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