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Bahiana e UFRGS consolidam parceria em projeto inovador

Instituições investem em sistemas de videocolaboração e telemedicina.

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A cada dia que passa, os profissionais buscam tecnologias que atendam às necessidades que surgem, pautadas em mudança de paradigmas.

No setor de saúde, a telemedicina é um conceito que vem sendo abordado há vários anos. Mas, apesar de ser um tema recorrente, essa é uma tecnologia ainda muito cara e fornecida apenas em alguns lugares do mundo, sendo usufruída por poucas instituições – como o Hospital Albert Einsten, que a utiliza desde 1998. Para se ter uma ideia, uma sala de telepresença possui valores em torno de R$ 1,5 milhões de reais.

Pensando nisso, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciou um projeto a fim de trazer para o mercado não somente uma solução de menor custo, mas também algo híbrido, que pudesse se integrar com várias plataformas, facilitando a interação de usuários com a tecnologia.

“Nós tínhamos na URFGS um projeto de webconferência, conhecido como MCONF. Tínhamos também um sistema de sala cirúrgica inteligente. Percebemos que as soluções do mercado, além de serem muito caras, são muito engessadas. Tomamos consciência de que tínhamos tecnologia no Brasil para desenvolver um projeto desse porte, até mais completo, já que poderíamos integrar webconferência, dispositivos móveis, sistemas de videoconferência de hardwares tradicionais, salas de telepresença e sistemas de colaboração”, afirma o professor Valter Roesler, gestor do projeto no Brasil. 


Nelson Simões, Diretor Geral da RNP, Guilherme Longoni e Valter Roesler, Gerente do Projeto. 

Em poucas palavras, a tecnologia de telepresença permite que você converse apenas entre salas de telepresença. Com esse projeto, existirá a possibilidade da interação de usuários em posse de notebooks ou celulares, com os pontos de telepresença, utilizando recursos disponibilizados, através do conceito de multipresença. Com isso, permite a interoperação, de forma transparente, entre diversas tecnologias e padrões de comunicação, como: 

• Sala de telepresença em alta definição (Full HD);
• Sala de ultratelepresença em ultra alta definição; 
• Troca de conteúdo entre os participantes; 
• Acesso por sistemas de videoconferência legados (Polycom, Cisco e outros); 
• Acesso em alta definição por programa aplicativo no computador pessoal; • Acesso por webconferência; 
• Acesso por dispositivos móveis e fones SIP".

A aproximação da Bahiana com a UFRGS deu-se após o Prof. Antônio Carlos Costa, gestor do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Educacionais (CEDETE), participar de algumas palestras sobre o tema. “Sempre estivemos próximos e motivados com o projeto, procurando interagir com a UFRGS, deixando-nos à disposição para fomentar e colaborar conforme necessidade”, cita Prof. Antônio Carlos. A Bahiana se responsabilizou em investir no piloto e fazer os testes necessários para que houvesse uma evolução tecnológica. A partir dessa parceria, a escola trouxe o OptiPortal. 


Claudio Santos (Gerente de TI da Bahiana), Valter Roesler, Guilherme Longoni e Prof. Antônio Carlos Costa.

 O OptiPortal é uma ferramenta de visualização que pode ser usada para atividades de ensino, pesquisa e comunicação entre duas ou mais instituições geograficamente distribuídas. Consiste em um painel de monitores (também conhecida como video-wall) e equipamento de videoconferência conectados a uma rede de alta capacidade e controlados por um middleware específico (SAGE) que permite a execução de múltiplas aplicações. O SAGE foi desenvolvido pela Universidade de Illinois em Chicago. O "kit básico" oferecido pela RNP consiste em um pequeno video-wall com quatro monitores de 47" full HD, que permitem a visualização de imagens em resolução próxima à 4K. Com o sistema, é possível a visualização de dados complexos, simulações, séries temporais, mapas e vídeos em alta resolução, oriundos de fonte remota ou local. Além de possibilitar reuniões por videoconferência ao mesmo tempo em que múltiplos dados, mapas, simulações e/ou apresentações são visualizados. Estudantes podem exibir ainda remotamente a tela de seus laptops no video-wall". O projeto conta, atualmente, com sete instituições nacionais, cada qual com um OptiPortal com resolução 4K (Ultra High Definition). 


Painel de Colaboração e Visualização

Um pilar muito importante na evolução desse projeto é a participação da Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Além de ter uma incidência direta investindo na tecnologia, ela também é parte fundamental fornecendo a infraestrutura necessária para que o sistema se estabeleça. “A RNP agrega fundamentalmente em todo esse processo. O link gigabit é de extrema importância para que possamos colocar em prática essas ideias. Além disso, a RNP fornece alguns recursos fundamentais para a integração de nossas soluções”, diz Claudio Santos, gestor do Núcleo de Tecnologia da Informação da Bahiana.

Confira a demonstração do projeto na prática: https://www.youtube.com/watch?v=lud2KwzstCM


Fonte: Victor Mansur - MaisTI A Tarde