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PROJETO CANDEAL REALIZA GRANDE ENCONTRO COM ESTUDANTES DE TODOS OS CURSOS DA BAHIANA

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Promover práticas educativas em comunidades com equipes multiprofissionais, focando a prevenção e a promoção da saúde. Este é o principal objetivo do Projeto Candeal, atividade de Educação e Saúde promovida pela Bahiana em parceria com o Distrito Sanitário de Brotas. Na noite 02 de março último, a coordenação do Projeto, que tem à frente a professora Maria Antonieta Nascimento Araújo, do curso de Psicologia, realizou um seminário de entrosamento e apresentação do projeto. Estiveram presentes estudantes, professores, agentes comunitários e parceiros, reunindo mais de 120 pessoas. 

O Projeto Candeal atua através de 12 grupos compostos por estudantes dos cursos da Bahiana e professores supervisores. Em casos de unidades ligadas ao PSF, integram as equipes agentes comunitários e profissionais de saúde. Num primeiro momento do encontro, os grupos se reuniram com seus professores supervisores para estabelecer dinâmicas e metodologias de trabalho.

 Os grupos atendem diversos segmentos (obesos, hipertensos, diabéticos, adolescentes, mulheres, idosos, gestantes, pessoas sedentárias, fumantes e trabalhadores) cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família do Candeal (USF/Candeal), na cidade de Salvador.

A prática tem como metas a interdisciplinaridade e o modelo construtivista de ensino/aprendizagem, estimulando os alunos de diferentes áreas de formação a realizarem planos de trabalho integrados e coordenarem juntos sessões de grupo de educação para saúde com aquela população. Cada equipe conta com um professor supervisor, um profissional da USF/Candeal e 14 estudantes.

OBJETIVOS E EXPECTATIVAS

Dentre outras finalidades, o Projeto Candeal tem o objetivo de incentivar o trabalho multidisciplinar, estimulando a convivência dos estudantes de Medicina, Terapia Ocupacional, Psicologia, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia e Biomedicina. Este trabalho em equipe pretende tornar clara a importância de cada profissional dentro da equipe.

Outro ponto relevante está na interação com a comunidade, como assinala o estudante do 4º semestre de Medicina, Felipe Neves Azevedo que pela primeira vez participa de uma ação com comunidades. “O trabalho é importante, pois é de interação com a comunidade. Teremos um treinamento antes. Não iremos somente para passar conteúdo, mas também vamos aprender com a comunidade”, diz.

 Atuar fora da sala de aula é um grande incentivo para a estudante de Medicina, Bianca Muraro. Ela conta que já participou de atividades da disciplina de Saúde Coletiva atuando no Abrigo do Salvador com idosos e em uma creche. “A gente começa a se sentir mais médico, mais útil, saindo da sala de aula”.

O contato com os pacientes é o que leva a estudante de Enfermagem, Lara Peçanha Pavan a participar mais uma vez do Projeto Candeal. Ela conta que sua experiência se deu ao cursar a disciplina Saúde Coletiva, quando desenvolveu atividades no Abrigo do Salvador. Lara aponta a iniciativa muito importante para a formação do profissional de saúde, “principalmente de Enfermagem porque você tem muito contato com as pessoas, os pacientes, então, é bom estar praticando. E espero me surpreender como aconteceu com o grupo de idosos com que trabalhei”.

E as expectativas também estão espelhadas nos professores supervisores. “Eu considero participar deste projeto muito prazeroso. É um trabalho onde a gente vê os alunos despertando para uma maneira de receber conhecimento. E com a comunidade é interessante porque saímos do campo da ciência e vamos aprender com o saber popular”. A declaração é da professora de Hematologia do curso de Biomedicina, Maria Teresita Bendicho. Ela conta que é a primeira vez que está como professora supervisora, mas que já participava do projeto como professora de apoio.

As atividades do encontro foram encerradas com a apresentação da aluna de Medicina, Isabela Pilar. Ela participou do Projeto há dois anos o que a influenciou na realização de uma monografia sobre o tema: Educação Popular em Saúde.

Segundo Isabela, “todo profissional de saúde deve ter a consciência de que ele é um educador. Pois, desta forma, ele vai fazer a promoção da saúde. E além de educador, ele é também um agente social organizando e transformando as comunidades onde atua”.

Segundo a coordenadora, professora Maria Antonieta Araújo, os resultados são muito positivos, indicando aumento do auto-cuidado, auto-estima e aquisição de hábitos saudáveis pela população participante. A atividade também enriquece a prática dos alunos das diversas áreas, sobretudo os de medicina que relatam aprender uma nova forma de ver a doença, e agregação de valor ao trabalho da Unidade de Saúde da Família/Candeal com a parceria acadêmica.

Para ela, o encontro foi “um momento de alegria, pois, daqui para frente, cada um vai fazer o seu percurso dentro do trabalho. Daqui podem surgir idéias para pesquisas, para novos trabalhos. É uma atividade de extensão e vamos estar sempre avaliando e aperfeiçoando”.