O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Bahiana realizou, no dia 31 de julho, no Campus Brotas, o seu 1º Simpósio de Ensino, Pesquisa e Produção de Conhecimento. O evento, que também aconteceu no dia 1º de agosto, reuniu residentes, orientadores, preceptores e professores do programa em duas tardes de apresentações de projetos de pesquisa para um primeiro momento de Qualificação. Segundo a coordenadora do Simpósio e do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, Míriam Marambaia, nesse primeiro encontro com seus orientadores, os residentes do 2º ano apresentaram o projeto de conclusão que desenvolverão a partir desse encontro e que será defendido no final do ano. Ao definir a formação proposta pelo programa, Marambaia explica que “o médico de família e comunidade trabalha junto às pessoas, envolvendo a comunidade. A Bahiana foi a primeira universidade, na Bahia, a trabalhar essa visão voltada à atenção primária, desde projetos de extensão até a implantação desta residência em 2018”.

Segundo a coordenadora do eixo de Pesquisa e Produção de Conhecimento do programa, prof.ª Mary Gomes, a área de medicina de família e comunidade não é nova, no que tange à sua atuação, porém a sua produção científica e acadêmica ainda é recente. “Verificamos uma necessidade de produzir conhecimentos que retratem a realidade e que produzam indicadores que possam contribuir para a melhoria da assistência que é prestada pelo médico de família e comunidade, fundamentada com o aporte da gestão da clínica. O médico de família produz muito, mas pouco se publica a esse respeito”, declarou. Segundo Mary Gomes, já foram publicados dois artigos em periódicos de âmbito internacional, além de participações de preceptores em eventos científicos nacionais e internacionais.

Para Gabriel Vieira, que é egresso do curso de Medicina da Bahiana, o Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade lhe permitiu refinar os conhecimentos que já havia adquirido tanto na sua formação acadêmica quanto na sua experiência profissional. “Apesar de muito exigente, temos todo o apoio dos preceptores e da coordenação durante todo o programa”, conta Gabriel que escolheu como tema de pesquisa a gestão da clínica em saúde mental. O residente Douglas Apolônio conta que o programa proporciona uma visão longitudinal do paciente. “Antes, eu atendia apenas em emergência e tinha um contato rápido com o paciente. Sendo médico de família, podemos acompanhar o paciente por um longo período de sua vida”, relata Apolônio, que desenvolve pesquisa sobre a gestão clínica da saúde neonatal.