PAES realiza Setembro Amarelo

"Delicadezas de Ações e Estudos Sobre Suicídio". Com este tema, o Programa de Ações e Estudos Sobre Suicídio (PAES) do curso de Psicologia da Bahiana realizou mais um Setembro Amarelo, evento anual que evidência o mês de prevenção ao suicídio. A atividade aconteceu nesta quarta-feira (27/09), no Campus Cabula, com a presença da coordenadora do curso de Psicologia da Bahiana Sylvia Barreto, da coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas Luísa Ribeiro, além de estudantes e professores. O evento foi iniciado com uma inspiradora apresentação do Coral Canta Bahiana, seguida a fala da gestora do Núcleo de Atenção Psicopedagógica da Bahiana, Angélica Mendes que apresentou a Carta  “Proposições dos coletivos intercambiantes Brasil, terapeutas solidários e grupo de profissionais/estudantes sobre suicídio nas e das universidades, escolas de ensino fundamental e médio”, assinada pela Bahiana e por mais 114 instituições entre universidades, escolas de ensino médio, serviços de psicologia universitários, laboratórios e institutos de pesquisa e mobilizações da sociedade civil. O documento propõe 8 ações estratégicas definidas no Fórum Nacional de Prevenção e Pósvenção do Suicídio nas (das) Universidades, Escolas de Ensino Médio e Fundamental (FNPPSU), realizado em maio de 2022.

O evento também marcou uma mudança de paradigma proposta pelo PAES para que deixe de ser Setembro Amarelo, passando a ser Setembro Colorido. “Como vimos no documento que foi lido, existe um questionamento hoje sobre a adequação do Setembro Amarelo como uma campanha, na medida em que parece que só se lembra de se falar em suicídio em setembro. Também temos pensado: “por que só o amarelo?” Quando se fala de preservação de vida, mais do que suicídio, ou seja, falar do suicídio como preservação da vida, nós pensamos que a vida é colorida e que precisamos inserir o branco, o amarelo, o negro, as raças, etnias, diferenças religiosas, a diversidade”, explicou a coordenadora do PAES e professora do curso de Psicologia da Bahiana, Aicil Franco.

A programação teve início com a mesa-redonda "Determinantes sociais de saúde e do suicídio: dos questionamentos e cuidados necessários à patologização do sofrimento psíquico", com a participação dos psicólogos Manuela Rocha e João Coutinho. A temática do suicídio e do sofrimento psíquico foi aborda a partir de diversas perspectivas, por meio de 9 oficinas de aprendizagem, facilitada por ex-estudantes da Bahiana. “O Brasil é hoje o ‘campeão’ em mortes por suicídio na América Latina, então é um tema que precisa realmente ser divulgado, falado, discutido e prevenido. Temos que falar para poder prevenir! Suicídio não é doença, é sobre o sofrimento e viver é atravessado por sofrimento. Quem nunca sofreu?”, declarou Érica Ferreira Calado Machado, estudante do 8º semestre e que está desenvolvendo seu Trabalho de Conclusão de Curso sobre a pósvenção (cuidado de pessoas ligadas a quem cometeu suicídio).