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07/10/2025
“Falam tanto numa nova era / quase esquecem do eterno é”. Os versos de Gilberto Gil ecoaram como ponto de partida para o XII Fórum do Centro de Atenção às Juventudes (CAJU), realizado na sexta-feira (3), no Auditório do Campus Cabula. Com o tema “Inteligência Artificial na Educação: artes e artifícios”, o encontro reuniu estudantes, professores, jovens aprendizes e pesquisadores para refletir sobre os impactos da IA na formação acadêmica e na produção ética de ciência e tecnologia. A professora Luíza Ribeiro, diretora de Desenvolvimento Artístico e Cultural da Bahiana, ressaltou o caráter coletivo do fórum: “A aproximação entre universidade, escolas e comunidades é essencial para pensarmos uma educação que una ética, ciência e tecnologia. É nesse encontro entre gerações que o aprendizado se amplia”.
A conferência de abertura foi conduzida pela professora Edméa dos Santos (UFRRJ/UERJ), que, há décadas, pesquisa educação e cibercultura. Para ela, o avanço das inteligências artificiais generativas marca uma mudança profunda na forma como produzimos conhecimento: “As IAs estão mudando nossos modos de criar e pensar. Mas é preciso disputar esse campo e combater o racismo algorítmico, o colonialismo de dados e incluir pessoas não brancas, não urbanas e não masculinas na produção de tecnologia”. Em uma fala poética e política, o professor Fábio Giorgio, coordenador do CAJU, lembrou que o tema é “incontornável” e precisa ser enfrentado com escuta e presença: “Há muitos aspectos no debate em torno da IA. Uns temem a substituição do humano, outros veem novas possibilidades. Nosso papel é refletir sobre os limites e as potências desse tempo”.
A estudante Amanda Sobral, do 6º semestre de Psicologia e mediadora do fórum, destacou a dimensão humana que nenhuma máquina alcança: “A inteligência artificial não tem presença. E é a presença que faz o trabalho humano acontecer, o olhar, o sentir, o construir junto. Ela pode apoiar, mas não substituir”. Já o estudante Thiago Simas, do Colégio Estadual Roberto Santos, contou que utiliza a IA como apoio no aprendizado, mas com cuidado: “Depende de como a gente usa. Se for só para substituir o esforço, ela acaba atrapalhando mais do que ajudando”. A manhã terminou com a Roda de Conversa mediada pelo professor Marco Silva (UERJ) e uma Jam Session da Rede de Jovens Protagonistas da Península de Itapagipe (Reprotai). Integrando arte, música e tecnologia, o momento reafirmou que, diante das máquinas, o humano ainda é o maior artifício.
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